Após o diretor de Gestão de Pessoas do Instituto Nacional do Seguro Social, Jobson de Paiva, confirmar a formação da comissão organizadora do novo concurso INSS 2022, a autarquia falou à Folha Dirigida sobre o processo.
Segundo o INSS, a portaria, que oficializa a comissão, é válida. Além disso, a autarquia confirmou que o documento dá início ao processo de escolha da banca do próximo edital.
"A Portaria DGP/INSS Nº 54 trata apenas de temas operacionais e é um procedimento padrão para analisar a proposta das bancas", disse o INSS.
Em resposta ao professor Deodato Neto, o diretor de Gestão de Pessoas da autarquia explicou que, nos próximos dias, o documento será publicado. A partir daí, a comissão terá 15 dias para avaliar as propostas das bancas e indicar a empresa que organizará o concurso.
Como previsto pelo INSS, a banca deve ser escolhida até agosto deste ano. No entanto, caso a portaria seja publicada nos próximos dias, é possível que a empresa seja definida ainda este mês.
Conforme o aval do concurso, o edital deve ser publicado até dezembro. Pelo projeto básico, as provas deverão ocorrer quatro meses após a publicação do edital.
Esse prazo, no entanto, ainda pode ser reduzido para dois meses, como ocorreu com a Receita Federal, que também teve sua seleção autorizada.
Concurso INSS 2022 tem comissão formada
(Foto: Agência Brasil)
O concurso INSS 2022 exigirá o nível médio dos candidatos. A confirmação foi dada por Jobson de Paiva, durante entrevista ao professor Deodato Neto.
A confirmação do requisito para o próximo concurso ocorre em meio às negociações entre autarquia, sindicato e governo, para que o cargo de técnico do seguro social tenha o nível superior como requisito.
"Há um trabalho sendo feito pelo nosso ministro para transformar essa carreira em nível superior. Entretanto, no momento, o que há e como está colocado na Lei, é um cargo de nível médio. Então, tudo indica que não haveria tempo suficiente para alteração legislativa, por exemplo, e que continuará sendo um cargo, por ora, de nível médio", afirmou Jobson de Paiva.
Ainda durante a entrevista, o diretor de Gestão de Pessoas do Instituto deu mais detalhes sobre a seleção, incluindo a realização de um curso de formação e a possibilidade de aplicação de uma redação.
Segundo ele, diferente das últimas seleções para a carreira, é possível que, neste concurso, seja aplicada uma redação.
"Há uma possibilidade, sim, da ideia de redação. É uma possibilidade, mas isso não está cravado", revelou Jobson de Paiva.
Com a previsão de redação, os candidatos devem incluir os estudos para essa etapa em sua preparação. Apesar da novidade, as provas do concurso INSS, para o cargo de técnico, devem seguir o padrão aplicado em 2015.
"Em relação às matérias, são muito atuais as do último edital, sendo Direito Previdenciário o foco do INSS", revelou Jobson de Paiva.
Neste caso, a parte de Conhecimentos Gerais deve contar com perguntas de Ética no Serviço Público, Regime Jurídico Único, Noções de Direito Constitucional e Administrativo, Língua Portuguesa, Raciocínio Lógico e Noções de Informática.
Já a prova objetiva específica para a carreira tende a abordar a área de Seguridade Social, com destaque para a disciplina de Direito Previdenciário.
Em relação ao curso de formação, a cobrança parte do Ministério do Trabalho e Previdência (MTP). Desta forma, este será o primeiro concurso para técnicos a contar com esta etapa.
"Nosso ministro quer mais qualificação nessa entrada, então sim, esse vai ser o primeiro concurso de técnico do INSS com curso de formação.
Além do curso, como já estava previsto, o diretor confirmou que as nomeações serão realizadas somente em 2023 devido ao período eleitoral.
Fonte: Folha Dirigida.