O Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria de Defesa Social, anunciou investimento de R$ 7,5 milhões na segurança do Estado. A operação "Pernambuco Seguro" foi apresentada nesta quinta-feira (12), no Quartel do Comando Geral da Polícia Militar, no Derby, área central do Recife, e tem como foco a integração das forças policiais - Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e Polícia Científica.
O principal objetivo é incrementar o número de profissionais, colocando mais efetivo nas ruas, tanto na Região Metropolitana do Recife como no Interior.
Comandante da Polícia Militar de Pernambuco, o coronel Tibério Cesar do Santos afirmou que o incremento no efetivo militar será de 30%. Por meio de jornada extra, haverá um aumento progressivo, explicou. A princípio, haverá 500 agentes a mais por dia na capital pernambucana e na RMR e outros 600 serão distribuídos no Interior do estado.
"Ao longo da operação, que ainda não tem prazo definido, o efetivo deverá lançar a mais 1.600 PMs por dia", afirmou o coronel.
A chefe da Polícia Civil, Simone Aguiar, detalhou que a atuação do seu corpo efetivo será no acolhimento e na aproximação com a sociedade. "Queremos que a população se sinta segura e acolhida. A sociedade não deve ter medo de procurar a polícia. Nosso objetivo é dar apoio aos PMs, assim como dar celeridade às investigações", detalhou.
Já os Bombeiros contarão com um incremento de 25% dos militares. Além da sensação de presença nas ruas, a intenção é diminuir o tempo de espera de solicitação. "Queremos estar mais próximos da população e conseguir atender o mais rápido possível a todos os chamados que chegam. Com esse incremento, devemos reduzir o tempo de espera de cada ocorrência", garantiu o comandante do Corpo de Bombeiros, Luciano da Fonseca.
A Coluna Segurança do JC (Raphael Guerra) questionou o comandante geral da PM sobre a necessidade de concurso público para diminuir o déficit na corporação. Segundo dados da Lei de Acesso à Informação atualizados em julho de 2022, havia 16.722 PMs na ativa. O número mínimo ideal seria de 27.672, ou seja, faltam cerca de 11 mil militares.
"A governadora (Raquel Lyra) sabe desse déficit e também estará se posicionando sobre isso em breve", declarou o coronel.
O governo Paulo Câmara chegou a assinar autorização para concurso para todas as forças de segurança, o que incluem também as polícias Civil e Científica e o Corpo de Bombeiros. Mas a gestão chegou ao fim e os editais não foram lançados.
Fontes: JC/Folhape